terça-feira, 19 de julho de 2011

Salvador - Pelourinho e Elevador Lacerda

No dia seguinte acordamos bem cedo para ir ao Pelourinho, nem precisava ter sido tão cedo, pois chegando lá só estávamos nós de turistas batendo fotos. Como já tinhamos lido bastante sobre Salvador, todo o cuidado é pouco, e não entramos em nenhuma ruela onde não tivesse ninguém, cuidamos as nossas coisas e sentimos medo. Eu pelo menos não consegui relaxar nenhum minuto. Quer dizer, teve apenas um minuto no final do passeio, mas isso será contado adiante.

Fomos de ônibus da Barra ao Pelourinho, pegando uma linha que ia para a Praça da Sé. Um casal de turistas que estava no bus nos ajudou a saber como chegar até o Pelourinho e nos deram a dica de sempre seguir a rua principal, pois as travessas são muito perigosas. Sempre a mesma informação sobre Salvador: O Perigo!
O lugar é muito interessante, vale a pena colocar um chinelo e ir conhecer. Há zilhões de igrejas para conhecer, como a Catedral Basílica e a Igreja de São Francisco. Nesta última, um guia nos levou pelos seus corredores para conhecer um pouco da sua história. Depois, ele queria continuar nos ajudando a conhecer o Pelourinho, mas não aceitamos. Lá é assim, a palavra mais dita é "Não, obrigada!", e o pessoal insiste para tudo!

Catedral Basílica


Caminhamos, caminhamos, subimos e descemos pelo pelourinho. A arquitetura é tombada pelo patrimônio histórico e nem mesmo as cores das casas podem ser alteradas. É muito bonitinho, e a gente se sentiu há muitos e muitos anos atrás. Claro, se não fosse a sujeira das ruas e o cheiro ruim, teria sido muito melhor.

Parece que daquela sacada azul foi onde o Michael Jackson filmou o clipe com o Olodum.
Nós no Pelô.

Um pouco antes do meio dia já estávamos morrendo de fome e fomos os primeiros a chegar no Sorriso da Dadá, um resturante típico de comida baiana no Pelourinho, dica do @Paposdegourmet. Lugarzinho muito bacana, todo colorido, bem legal! Comemos mini acarajés, moqueca de peixe e de sobremesa, cocada de colher para a dama e neguinho da dadá para o cavalheiro.
Moqueca de peixe servida, ainda fervendo. Muito boa!
Após almoçar, demos mais uma voltinha e fomos para o final do nosso passeio: Elevador Lacerda e Mercado Modelo para comprar algumas lembrancinhas de Salvador.
O Elevador Lacerda foi decepcionante, eu estava muito enganada quando esperava por algo novo, limpo e, pelo menos, com vista para a cidade baixa. Não, são elevadores comuns, é cobrada a taxa de R$0,15 para utilizá-lo, e nem dá tempo de tirar alguma foto. Não dá tempo nem vontade, porque estávamos sempre nos cuidando com medo de sermos assaltados. Haviam algums policiais no Pelourinho, o que deixou o passeio mais tranquilo, mas no Elevador não vimos nenhum. Chegando lá em baixo, a surpresa: uma chuva forte estava caindo, e como estávamos sem guarda-chuva resolvemos esperar um pouco para atravessar e ir até o Mercado Modelo. Não ficamos nem 5 minutos até um pivete passar correndo e levar a correntinha de ouro do pescoço do Lu. Foi muito rápido e quando vimos ele já estava longe.
Ok, nos culpamos, não devíamos ter saído com nada de valor. Mas, a culpa é nossa mesmo? É essa a lembrança que levaremos de Salvador, uma cidade extremamente perigosa e que não vale a pena correr todo esse risco para andar no meio do lixo.

Para meus pais e amigos, não recomendo o passeio para Salvador.

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